Como fica a área odontológica com a falta de EPI devido ao surto de coronavírus.

Estamos em meio a um momento histórico em todo o país. O surto do COVID-19 já é uma realidade conhecida por todo o brasileiro. Por isso, separamos essa matéria para saber como ficam os profissionais da área odontológica com a falta de EPI anunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um alerta da falta de equipamentos de proteção obrigatória (EPI) é ainda mais preocupante para os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Escassez nas redes de vendas, custos elevados, fabricantes com a metade da produção e a população sem consciência e conhecimento do agravamento do problema com compras excessivas são um dos principais fatores da falta desses materiais. Para os dentistas, que utilizam em seu dia a dia, e estão suscetíveis ao contato de risco com os pacientes, atinge ainda mais os atendimentos após surto do COVID-19 e após o fim da quarentena estipulada pelos órgãos de saúde. Uma vez que são equipamentos obrigatórios e que garante as precauções e cuidados durante o atendimento odontológico, esses materiais já estão em falta e poderão acarretar no aumento do valor das consultas e muita dor de cabeça aos profissionais.

Sabemos que a prioridade são os EPIs utilizados em hospitais e em toda a área médica, o que não quer dizer que o setor odontológico não sofrerá com a falta desses equipamentos. Cabe então a preocupação e um alerta para que os dentistas busquem por conta própria uma solução.

A grande sacada e que também vem a ajudar o empreendedor local, é a compra de touca e mascaras confeccionadas em tecido, cuidando para que o material seja de algodão reprocessável. A OSHA (Occupational Safety and Health Administration) dos E.U.A considera apropriadas, roupas que não permitem a passagem de sangue e outros materiais potencialmente contaminados, sob condições normais de uso e durante toda a duração do procedimento.

A compra do tecido e a produção próxima a sua localidade é uma das poucas soluções para que a falta desses materiais não atinjam a área odontológica e possam ser produzidos e utilizados dentro dos consultórios.  Os materiais que podem ser confeccionados nessas condições são gorros, máscaras cirúrgicas, propé ou sapato privativo.

Embora ainda não chegasse a um consenso que estabeleça a porosidade ideal de um tecido para essa produção, o profissional pode recorrer a essa opção para seguir o seu dia a dia de trabalho. Os cuidados com a lavagem, esterilização e período de reutilização são essenciais e relevantes no reprocessamento da utilização dos EPIs. A confecção desses materiais pode ser a grande solução para os dentistas que por ventura se deparar com a escassez desses materiais de uso obrigatório e queiram correr contra o tempo para não serem pegos desprevenidos após normalização das atividades.

Bibliografia:

AMB – Associação Médica Brasileira. https://amb.org.br/noticias/falta-de-epi-e-teste-para-coronavirus-tambem-preocupam-a-oms/

OMS Brasil – Organização Mundial de Saúde. https://coronavirus.saude.gov.br/

Paramentação cirúrgica: avaliação de sua adequação para a prevenção de riscos biológicos em cirurgias – parte II: os componentes da paramentação* – Scielo  – http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342000000200008#back1

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