Os dentistas utilizam diversos materiais contaminantes que necessitam de cuidado no descarte. Neste texto apresentamos algumas dicas importantes para realizar o descarte de materiais odontológicos corretamente dentro do seu consultório.
Sabemos que o ecossistema sofre diversas agressões de toda a população, desde os tempos mais remotos até a atualidade. Se você dentista que está lendo esse texto, quer fazer a diferença no planeta, fique atento às dicas para saber mais sobre o descarte correto dos materiais.
É importante ter a consciência que precisamos evitar o acúmulo de detritos, o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens e energia elétrica. Com cuidado e planejamento, a utilização dos recursos se torna mais produtiva, econômica, e menos prejudicial para o meio ambiente.
O descarte do lixo de forma correta é essencial e precisa estar associado a outros hábitos para evitar a poluição, o desperdício e a contaminação. Essas medidas previnem doenças causadas pela falta de consciência ecológica e agem no extermínio da degradação do planeta.
Grupos de Classificação dos Resíduos
Conheça como são classificados os resíduos e quais deles você utiliza em seu consultório. Alguns merecem maior atenção para o descarte. Os resíduos podem ser sólidos e semissólidos e denominados como perigosos, não-inerentes, e inerentes. São divididos por grupos, de acordo com cada tipo de material e seu descarte depende da condição de cada elemento. Conheça os grupos:
Dicas para organizar o descarte.
Para organizar o descarte dentro do consultório odontológico citamos os materiais mais utilizados pelo dentista e sua forma de acondicionar e descartar.
É importante que o dentista tenha em seu consultório uma lixeira com a tampa acionada pelo pedal, acondicionada com um saco de lixo especial, para evitar o contato com materiais infecciosos e cumprir as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Na falta desse saco de lixo, é possível utilizar um saco normal, contendo o símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT de março de 2000, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.
Resíduos como gaze, algodão, luva, máscara e ponta de sucção, são considerados materiais do Grupo A e podem causar doenças ao profissional que entrar em contato. Por isso, tenha uma lixeira com pedal, programe a compra de sacos de lixo de acordo com a demanda de trabalho em seu consultório, e não se esqueça de fazer o recolhimento diário, ou conforme a necessidade.
Materiais como seringas, lâminas, agulhas, ampolas, vidros, tesouras e que forem considerados cortantes, são denominados materiais do Grupo E, e devem ser acondicionados em caixas de papelão resistentes, contendo o mesmo símbolo citado para o descarte de materiais do Grupo A (substância infectante). Todos os perfurocortantes devem ser descartados no local de sua geração imediatamente após o uso, em recipientes seguros.
Saiba porque é importante ficar atento ao descarte de materiais odontológicos.
É expressamente proibida a reutilização desse tipo de material ou o reaproveitamento, pois há a possibilidade de estarem contaminados com alguma doença. O mau acondicionamento pode causar acidentes de trabalho durante o transporte, armazenamento, ou descarte final, devido à fragilidade da embalagem. Por isso, tome cuidado. A prevenção possibilitará melhor segurança para você, seus pacientes e todos os envolvidos no processo de coleta.
Todo gerador de resíduos, precisa ter demonstrado aos órgãos fiscalizadores um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, desde a geração, até a disposição final, de forma que estabeleça e atenda aos requisitos ambientais de saúde pública. Dessa forma, você dentista, saberá para onde encaminhar e descartar os materiais do seu consultório. Basta acondicionar conforme descrevemos, e de acordo com cada tipo de resíduo e sua classificação. Depois, a empresa responsável fará a disposição final, incinerando ou descartando em aterros municipais.
É importante que todos tenham uma conscientização sobre o gerenciamento dos descartes de materiais, bem como ciência dos danos para a saúde e meio ambiente. É dever de cada um, principalmente dos profissionais da saúde, terem atenção para não se expor ao perigo. Assim, é possível evitar prejuízos ao paciente, meio ambiente e todos envolvidos no descarte dos materiais.